cont. Artigo: Internet e Educação
4:15 PM | Author: Thalita
INTERNET E INCLUSÃO DIGITAL X POLITICAS GOVERNAMENTAIS

A internet, ou melhor, a Internet Work System (sistema de interconexão da rede de comunicação), nasceu na década de 80 e tem crescido numa velocidade extraordinária, isso acontece justamente porque todo o mundo, ou seja, todos os países, podem se conectar a ela fazer acréscimos e dar contribuições, coletar novas informações, etc. “A idéia central da Internet é propiciar liberdade ao usuário. Ninguém é dono da rede, nem se sabe quantas pessoas fazem uso dela” (
BONILLA, 1997). Porém este acesso global não se reflete em menor escala, pois, mesmo depois de mais de 10 anos de funcionamento este meio de comunicação universal não conseguiu abranger a totalidade populacional brasileira.
Vários programas de inclusão digital foram propostos, porém nenhum deles alcançou um sucesso significativo, podemos destacar, sucintamente, alguns deste programas, como: o Proinfo (Programa nacional de informática na educação), que foi desenvolvido no primeiro governo de Fernando Henrique Cardoso (FHC) e tinha por fim comprar 100mil computadores para serem distribuídos em escolas publicas de 1° e 2° graus, mas que ao término deste mandato não havia conseguido chegar nem a metade da meta. Além disto às escolas agraciadas não puderam usufruir tal bem, pois não possuíam professores qualificados para manejar os equipamentos, porém há de se destacar que "um dos méritos do programa, além de formar pessoal, foi iniciar a criação de estruturas de suporte ao uso da informática e colocar os primeiros computadores na escola”.(Cysneiros, 2001:139).
Também podemos citar o FUST - Fundo de Universalização dos Serviços de Telecomunicações, o qual foi lançado em 2001 pelo então presidente, FHC, que na época previa “a instalação de 250 mil computadores com acesso à internet em 12.500 escolas públicas de ensino médio do país, beneficiando 6,6 milhões de estudantes. Este programa será mantido com investimento inicial da ordem de R$ 500 milhões provenientes do Fundo de Universalização dos Serviços de Telecomunicações (Fust)”. (http://www.proinfo.es.gov.br/fust/fust.htm ) e que seria utilizado software livre. Mas em 2002 o programa foi paralisado por uma ação judicial “os autores do processo foram os deputados Sérgio Miranda (PC do B-MG) e Walter Pinheiro (PT-BA), que questionam, entre outros, a exigência do sistema operacional Windows, da Microsoft, na maioria das máquinas, em detrimento de outros sistemas.” (
http://www.proinfo.es.gov.br/fust/fust.htm), além de ter seus recurso utilizados para amortizar dividas do FMI , hoje o FUST.
O computador para todos é um programa mais recente que o governo desenvolveu com o objetivo de facilitar e baratear o custo dos computares para abranger uma maior parcela da população. São diversos os relatos de que este programa tem realmente contribuído para que pessoas com uma renda mediana consigam comprar seus computadores e assim sejam incluídas digitalmente “Os consumidores poderão parcelar o valor da máquina, de até R$ 1,4 mil, em 24 vezes, pagando juros mensais de 2%. O governo espera que o projeto atenda à população que ganha entre três e sete salários mínimos por mês”. (
http://tecnologia.terra.com.br/interna/0,,OI678054-EI4801,00.html). Houveram discursões acerca da utilização de softwares livres nestes computadores e sobre o uso da internet, que fizeram com que o lançamento do projeto fosse adiado por diversas vezes. A disputa entre as empresas de computadores acarreta na baixa dos preços dos “PCs”, dando assim maior possibilidade para a população se inserir no universo digital e por conseguinte obter mais qualificação e assim maior probabilidade de conseguir empregos melhores, entre outras vantagens.Ainda sobre a inclusão digital a opinião de Pierre Lévy , filósofo e escritor francês, o qual “acredita que o Brasil não é um excluído digital do mundo moderno. Para ele, os números da informatização apontados pelo IBGE no censo 2000 são animadores. ''Para a inteligência coletiva, o principal obstáculo à participação não é a falta de computador, mas o analfabetismo e a falta de recursos culturais'', afirma.
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